Arquivo mensal: outubro 2016
Brasil colonial
“Brasil, já então país de contrastes e que, dizia o Padre Vieira poucos dias antes de morrer (julho de 1697), era um ‘retrato e espelho e Portugal… guerra sem gente nem dinheiro… vícios sem emenda… luxo sem cabedal… ’”.
Pedro Octávio Carneiro da Cunha. “Política e administração de 1640 a 1763” in Holanda, Sérgio Buarque de . “História Geral da Civilização brasileira”. 7ª ed. , Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1993, Tomo I, vol. 2, pg. 27
João Ubaldo Ribeiro
“Moléstia de estrada, e eu que pensei que já tinha passado o tempo que eu levava caminhão e mais caminhão de eleitor por essas bandas para votar, veja vosmecê. Uma vez quiseram me tomar um caminhão de eleitor na bala e foi um tiroteio besta. Perdemos dois votos no baba, porém eles perderam mais, em gente já paga e contada. Povo brabo. Sergipe é um sertão só, mesmo que não seja.”
João Ubaldo Ribeiro. “Sargento Getúlio”. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1995, pg. 26.
Olgária C. F. Matos
“O modus operandi da televisão é, para os frankfurtianos, uma das formas da destituição e do ataque aos direitos humanos, pois oblitera a autonomia do pensamento e inflaciona a mente de preconceitos e adestramento das consciências de maneira subliminar.”
Olgária C. F. Matos. “A Escola de Frankfurt: luzes e…”. São Paulo, Moderna, 1995, pg. 70.
” O fascismo é a sociedade liberal que perde seus escrúpulos.”
“Em 1938 Horkheimer observou que o ‘fascismo não se opõe à sociedade burguesa, mas, sob certas condições históricas, é sua forma apropriada’. O fascismo é a sociedade liberal que perde seus escrúpulos.”
Olgária C. F. Matos. “A Escola de Frankfurt: luzes e…”. São Paulo, Moderna, 1995, pg. 7.
‘ditadura da produção’
“A racionalidade da dominação da natureza para fins lucrativos, colocando a ciência e a técnica a serviço do capital, é a primeira forma de ditadura, a ‘ditadura da produção’.”
Olgária C. F. Matos . “A Escola de Frankfurt: luzes e …” . São Paulo, Moderna, 1995, pg. 7
Edgar Allan Poe
“As matemáticas são a ciência da forma e da quantidade; o raciocínio matemático não é mais do que a simples lógica aplicada à observação da forma e da quantidade. O grande erro consiste em supor-se que até mesmo as verdades daquilo que se chama álgebra pura são verdades abstratas ou gerais. E esse erro é tão grande, que fico perplexo diante da unanimidade com que foi recebido. Os axiomas matemáticos não são axiomas de uma verdade geral. O que é verdade com respeito à relação – de forma ou quantidade – é, com freqüência, grandemente falso quanto ao que respeita à moral, por exemplo. Nesta última ciência, não é, com freqüência, verdade que a soma das partes seja igual ao todo. Na química, também falha o axioma. Na apreciação da força motriz, também falha, visto que dois motores, cada qual de determinada potência, não possuem necessariamente quando associados, uma potência igual à soma de suas duas potências tomadas separadamente. Há numerosas outras verdades matemáticas que são somente verdades dentro dos limites da relação. Mas o matemático argumenta, por hábito, partindo de suas verdades finitas, como se estas fossem de uma aplicabilidade absoluta e geral – como o mundo, na verdade, imagina que sejam.”
Edgar Allan Poe. “Histórias Extraordinárias”. São Paulo, Abril, 1981, pg. 225.
Fiodor Dostoievsky.
“ … parece ser uma regra jurídica ; um princípio estabelecido por todos os juízes de instrução, falar primeiramente de ninharias, ou mesmo num assunto sério, mas completamente estranho à questão , a fim de animarem aqueles que desejam interrogar, ou antes distraí-los , adormecer-lhes a prudência ; depois, subitamente , vibrar-lhes em pleno crânio o golpe capital.”
Fiodor Dostoievsky. “Crime e Castigo”. Irmãos Pongetti, 1941, pg. 291