Jacques Le Goff

“… , a história , segundo Foucault , passa por ser filosofia ( o que não é verdadeiro , nem falso); está, no entanto, muito longe da vocação empirista tradicionalmente atribuída à história.”
Jacques Le Goff . “História e Memória”. Campinas, Ed. UNICAMP, 1996 , pg. 105

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Carlos Drummond de Andrade

O Amor Bate na Aorta
Cantiga de amor sem eira
nem beira,
vira o mundo de cabeça
para baixo,
suspende a saia das mulheres,
tira os óculos dos homens,
o amor, seja como for,
é o amor.

Meu bem, não chores,
hoje tem filme de Carlito.

O amor bate na porta
o amor bate na aorta,
fui abrir e me constipei.
Cardíaco e melancólico,
o amor ronca na horta
entre pés de laranjeira
entre uvas meio verdes
e desejos já maduros.

Entre uvas meio verdes,
meu amor, não te atormentes.
Certos ácidos adoçam
a boca murcha dos velhos
e quando os dentes não mordem
e quando os braços não prendem
o amor faz uma cócega
o amor desenha uma curva
propõe uma geometria.

Amor é bicho instruído.

Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que corre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem,
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.

Daqui estou vendo o amor
irritado, desapontado,
mas também vejo outras coisas:
vejo beijos que se beijam
ouço mãos que se conversam
e que viajam sem mapa.
Vejo muitas outras coisas
que não ouso compreender

Carlos Drummond de Andrade

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Pensamento PiXação(Marcia Tiburi)

Lirio da Paz

A revolta geral da sociedade contemporânea contra a pichação se ampara na hipótese de seu caráter violento.Usarei a expressão pixação,com X,para tentar tocar no X da questão.A estética da brancura ou do liso dos muros,hegemônica em uma sociedade que preserva o ideal da limpeza estética,dificulta outras leituras do fenômeno da pixação.O excessivo amor pela lisura dos muros,a sacralização que faz da pixação demônio,revela enquanto esconde uma estética da fachada.

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Toda estética inclui uma ética,assim a da fachada.Fachada é aquilo que mostra uma habitação por fora;pode tanto dar sequência ao que há na interioridade,quanto ser dela desconexo.É da fachada que se basta por si mesmo à medida que lhe é próprio ser suficiente aos olhos.A estética da fachada que defende o muro branco é a mesma que sustenta a plastificação dos rostos,a ostentação dos luxos no “aparecimento geral” da cultura espetacular,no histérico “dar-se a ver” que produz efeitos catastróficos em uma…

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Jean-Paul Sartre

“Mostrar a sua força para não precisar utilizá-la, o lema não era válido só para os militares, valia também para os colonizadores e até para os simples turistas. Não era necessário fazer grande exibição de poderio: bastava não se abandonar, manter-se ereto (…) . Aos olhos daqueles árabes estúpidos, sentia que representava a França.”
Jean-Paul Sartre. “Sursis”. São Paulo: Circulo do Livro, s/d, pg.47.

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Libâneo

“… a educação, enquanto manifestação da prática social, cumpre uma função política: ou a de reproduzir a estrutura de classes e seu modelo e desenvolvimento, ou a de negá-la em favor de um modelo de desenvolvimento voltado para a emancipação humana; … que, portanto, ela é inseparável da totalidade do contexto social: que, finalmente, a importância política da educação está na sua função de socialização do conhecimento e, assim, na especificidade da ação pedagógica; ou seja, a contribuição da escola para democratização plena da sociedade está no cumprimento da função que lhe é própria: transmissão/assimilação ativa/ reavaliação crítica de conhecimentos (saber sistematizado).”
José Carlos Libâneo. “Didática e Prática histórico-social” in Revista da Associação Nacional de Educação 4(8):29, 1984.

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José Carlos Libâneo

“O trabalho docente não se reduz à pura transmissão de conhecimentos, nem à crença na sua apropriação espontânea pelo aluno, nem à mera formação política. É um processo simultâneo de transmissão/assimilação ativa, onde o professor intervém trazendo um conhecimento sistematizado e onde o aluno é capaz de reelaborá-lo criticamente com os recursos que traz para a situação de aprendizagem. Processo esse cujo ponto de partida e ponto de chegada é a prática social;…”
José Carlos Libâneo. “Didática e Prática histórico-social” in Revista da Associação Nacional de Educação 4(8):27, 1984.

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Bacantes | GRITO d carnaval pra dar um baile em Penteu

Blog do Zé Celso

homem_pandeiro_pedro_henrique_image_bank-1 foto pedro henrique | ag image bank

IÓ!

Com a Cidade Frevendo

Celebrando o Fogo do Delírio dos Bailes de Rua em Ensaios de Blocos

y Escolas d Samba

o Teatro Oficina, depois de muitos anos,

encenará sua Ópera d Carnaval nos dias 25 y 26  y em todos os F.D.S

Mas, desde este FDS inicia sessões de Ensaios Gerais

carmem-miranda foto jean manzon

IÓ! Bacantes! IÓ Sátiros d SamPã!

Venham pra TragyComediaOrgya,

o CarroNaval d Dionísios

já está ancorado  no Bixiga,

na Pista da Rua Lina Bardi – Rua Jaceguay 520 T.O.

preparando-se pros Dois Bailes Insurrecionais d Carnaval

no Coração da Folia de Momo!

Caiam na folia desde já com os paramentos de Dionísios!

Coroa d Hera, Tyrso na mão, pele d viadinho, plumas y brilhos!

Fantasiem–se:  pra gingar nas BACANAIS

Venham desde já apreender as Letras

Músicas y Danças no desenrolar do Enredo

No próximo fim de…

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