Arquivo mensal: dezembro 2017
Políbios
“…, na minha opinião o homem é entre todos os animais o mais fácil de ser enganado, embora tenha a fama de ser o mais astucioso.”
Políbios. “História”. Brasília: UnB, 1996, pg. 302.
Maria Célia Paoli
“Os sindicatos ligados ao PC, por exemplo, estavam mais interessados em deter as divisões internas do movimento (agravadas diante da questão das diferentes posturas ao governo) e afirmar o princípio da unicidade sindical; de modo que as lutas pelas reivindicações diretas do cotidiano operário se tornam secundárias diante da tarefa, que lhes parecia mais importante, de centralizar o movimento e inseri-lo nos grandes temas do conflito político-institucional em curso (por exemplo contra o integralismo).”
Maria Célia Paoli. “Trabalhadores e cidadania: experiência do mundo público na história do Brasil moderno” in Revista de Estudos Avançados 3(7):54 , set/dez 1989
“Contribuição à crítica da economia política”
“Na Idade Média o próprio capital – na medida em que não se trata apenas de capital monetário- tem, sob a forma de aparelhagem de um ofício tradicional, etc., esse caráter de propriedade fundiária. Na sociedade burguesa é o contrário. A agricultura torna-se cada vez mais um simples ramo da indústria e acha-se totalmente dominada pelo capital.”
Karl Marx. “Contribuição à crítica da economia política”. São Paulo, Martins Fontes, 1977, pg. 225.
Karl Marx
“… é preciso nunca esquecer, a propósito da evolução das categorias econômicas, que o objeto, neste caso a sociedade burguesa moderna, é dado, tanto na realidade como no cérebro; não esquecer que as categorias exprimem portanto formas de existência, condições de existência determinadas, muitas vezes simples aspectos particulares desta sociedade determinada , deste objeto , e que , por conseguinte , esta sociedade de maneira nenhuma começa a existir , inclusive do ponto de vista científico, somente a partir do momento em que ela está em questão como tal.”
Karl Marx. “Contribuição à crítica da economia política”. São Paulo, Martins Fontes, 1977, pg. 224.
Vinicius de Moraes
A PORTA
Vinicius de Moraes
Rio de Janeiro , 1970
Eu sou feita de madeira
Madeira, matéria morta
Mas não há coisa no mundo
Mais viva do que uma porta.
Eu abro devagarinho
Pra passar o menininho
Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado
Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira
Eu abro de supetão
Pra passar o capitão.
Só não abro pra essa gente
Que diz (a mim bem me importa…)
Que se uma pessoa é burra
É burra como uma porta.
Eu sou muito inteligente!
Eu fecho a frente da casa
Fecho a frente do quartel
Fecho tudo nesse mundo
Só vivo aberta no céu!
ELIXIR DO PAJÉ
ELIXIR DO PAJÉ –
Bernardo Guimarães
Vassoura terrível
dos cus indianos,
por anos e anos,
fodendo passou,
levando de rojo
donzelas e putas,
no seio das grutas
fodendo acabou!
E com sua morte
milhares de gretas
fazendo punhetas
saudosas deixou…
Russell
“A fonte de todo o mal está em que a vida perfeita tem sido procurada na subordinação ao imperativo negativo e não no amplo desenvolvimento natural dos desejos e instintos.”
Bertrand Russell. “Da Educação”. São Paulo: CEN, 1977, pg. 36.