Arquivo mensal: julho 2019
“A Família”.
“Ela (família) estabelece assim entre as gerações uma continuidade psíquica cuja causalidade é de ordem mental. Esta continuidade, se revela o artifício dos seus fundamentos nos próprios conceitos que definem a unidade de linhagem, a partir do totem até ao nome patronímico, também se manifesta pela transmissão às descendências de disposições psíquicas que confinam no inato.”
Jacques Lacan. “A Família”. Assírio e Alvim, 1981, pg.15 e 16.
Jacques Lacan
“Entre todos os grupos humanos, a família desempenha um papel primordial na transmissão da cultura… Por isso ela preside aos processos fundamentais do desenvolvimento psíquico, a esta organização das emoções segundo tipos condicionados pelo ambiente, que é a base dos sentimentos segundo Shand.”
Jacques Lacan. “A Família”. Assírio e Alvim, 1981, pg.15.
Glauber Rocha.
“Um capitalista pode matar o outro mas nunca destruir o sistema que deve ser defendido contra o fantasma ausente do proletariado.”
Glauber Rocha. “O Século do Cinema”. Alhambra, 1983, pg. 20.
Manuel Bandeira
Cântico dos cânticos
– Quem me busca a esta hora tardia?
– Alguém que trenas de desejo.
– Sou teu vale, zéfiro, e aguardo
Teu hálito… A noite é tão fria!
– Meu hálito não, meu bafejo,
Meu calor, meu túrgido dardo.
– Quando por mais assegurada
Contra os golpes de Amor me tinha,
Eis que irrompes por mim deiscente…
– Cântico! Púrpura! Alvorada!
– Eis que me entras profundamente
Como um deus em sua morada!
– Como a espada em sua bainha.
Manuel Bandeira
“Eros e Civilização”
“O poder de restringir e orientar os impulsos instintivos, de transformar as necessidades biológicas em necessidades e desejos individuais em vez de reduzir, aumenta a gratificação: a mediatização da natureza, a ruptura de sua compulsão, é a forma humana do princípio do prazer.”
Herbert Marcuse. “Eros e Civilização”. Rio de Janeiro: Zahar, pg. 53.
Herbert Marcuse
“O instinto de morte é destrutividade não pelo mero interesse destrutivo, mas pelo alívio de tensão. A descida para a morte é uma fuga inconsciente à dor e às carências vitais. É uma expressão de eterna luta contra o sofrimento e a repressão. E o próprio instinto de morte parece ser afetado pelas mudanças históricas que influem nessa luta.”
Herbert Marcuse. “Eros e Civilização”. Rio de Janeiro: Zahar, pg. 47.