Salman Rushdie

“No meu entendimento, a história, a compreensão do passado é um jeito incrível de entender os motivos que nos levaram a chegar até aqui. Então, viver em um mundo em que é fácil se esquecer o ontem preserva um tipo de inocência interminável, porque você nunca precisa saber coisa alguma sobre você mesmo ou sobre os outros, exceto o que te contam nesse momento especificamente. Há um grave problema aí. Eu acredito em continuidade. Como escritor, textos muito antigos sempre foram inspiradores. Retorno sempre aos clássicos indianos, gregos etc. São um tipo de memória da imaginação humana. Então, eu me preocupo com a criação de um ambiente completamente transitório, onde nada permanece, tudo desaparece. Isso torna mais simples as vidas das pessoas, o que nem sempre é bom.”

Salman Rushdie. “Entrevista” in O Estado de S. Paulo, 1/05/2021, pg. H1.

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nachtwey_kabul. Mourning a brother killed by a Taliban rocket, Afghanistan, 1996.

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26/05/1948:

o regime do apartheid (“separação”, em africâner) triunfava na África do Sul com a vitória do pastor protestante Daniel François Malan, do Partido Nacional, nas eleições parlamentares. Malan, então primeiro-ministro, cumpriu o que prometeu durante sua campanha: aprofundar a legislação de segregação racial introduzindo o apartheid como política oficial.

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