Barbárie

“Já ouvi gente em princípio civilizada dizer que votou em Bolsonaro pela segunda vez porque não tinha escolha, tapando o nariz, repetindo o mesmo mantra de 2018, como se não houvesse história, memória, experiência ou responsabilidade.

Tem a ver com o autoengano de um identitarismo ideológico, infantilizado e oportunista, para o qual a justiça é um estorvo: o culpado é sempre o outro. Ninguém assume nada nunca. Se tive de votar em Bolsonaro, foi culpa do “comunismo”.

Os que dizem ter tapado o nariz para votar em Bolsonaro também taparam o nariz para os criminosos do dia 8, mas como se fossem coisas diferentes, assegurando que o ex-presidente (assim como a parte da polícia e das Forças Armadas aparelhada e corrompida por e com ele) nada tem a ver com o crime. Se o ex-presidente tiver a ver com o crime, eles também terão. A conexão é insuportável. A responsabilidade associa “gente de bem e de Deus” a criminosos.”
Bernardo Carvalho

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França: mais de um milhão nas ruas contra a reforma de Macron — PCB – Partido Comunista Brasileiro

Manifestação em Paris Créditos: Alain Jocard / sudouest.fr Portal AbrilAbril O «não» à reforma das pensões foi também claro nas ruas da França, na última quinta-feira, dia 19/01. Até os números do Ministério do Interior apontam para uma grande jornada de mobilização: 1,2 milhão de pessoas nas ruas. Os números do Ministério são, como é…

França: mais de um milhão nas ruas contra a reforma de Macron — PCB – Partido Comunista Brasileiro
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1978

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Boris Fausto

“O reconhecimento da costa ocidental africana não se fez da noite para o dia. Levou 53 anos, da ultrapassagem do Cabo Bojador por Gil Eanes (1434) até a temida passagem do Cabo da Boa Esperança por Bartolomeu Dias (1487). A partir da entrada no Oceano Índico, foi possível a chegada de Vasco da Gama à Índia, a sonhada e ilusória Índia das especiarias. Depois, os portugueses alcançaram a China e o Japão, onde sua influência foi considerável, a ponto de os historiadores japoneses chamarem de século cristão o período compreendido entre 1540 e 1630. ”

Boris Fausto. “História do Brasil”. São Paulo, EDUSP/FDE, 1996, pg. 28.  

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Yanomami

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Bóris Fausto.

“…, antes de os portugueses assumirem o controle de seu comércio internacional, os genoveses investiram na sua expansão, transformando Lisboa em um grande centro mercantil sob sua hegemonia. A experiência comercial foi facilitada também pelo envolvimento econômico de Portugal com o mundo islâmico do Mediterrâneo, onde o avanço das trocas pode ser medido pela crescente utilização da moeda como meio de pagamento. ” 

                   Bóris Fausto. “História do Brasil”. São Paulo. EDUSP/FDE, 1996, págs. 21 e 22.

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A ação de indivíduos pertencentes às Forças Armadas é capaz de tornar a instituição cúmplice das invasões do dia 8 de janeiro?

A ação de indivíduos pertencentes às Forças Armadas é capaz de tornar a instituição cúmplice das invasões do dia 8 de janeiro? A noção de indivíduo dentro da instituição militar é muito diferente da nossa –os civis que eles chamam de paisanos. Lá, o indivíduo está dentro de uma cadeia de comando. Ele não faz algo só da cabeça dele. É preciso autorização.

O modo de ação deles é minimizado porque fizeram algo que lhes é extremamente vantajoso, que é botar um laranja para absorver todos os males. Produziram Bolsonaro para que ele absorvesse, como uma espécie de para-raios, toda a pecha de radical. Tudo é feito em nome de “bolsonaristas radicais”. Mesmo os generais que começaram a produzir ameaças foram chamados de generais bolsonaristas. O uso desse adjetivo faz parecer que se trata de adesão pessoal, e não de projeto.

Produzir a desordem para depois se apresentar como os elementos que podem recompor a ordem é uma equação que precisa do Bolsonaro para funcionar.”

Piero Leiner

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Governo Lula

“Como presidente, comandante em chefe das Forças Armadas e herdeiro dos apocalípticos anos Bolsonaro, Lula tem cinco tarefas urgentes a cumprir: 1 – enfrentar com rigor a insubordinação nas fileiras militares; 2 – retirar da esfera militar o controle da Abin; 3 – retirar do GSI atribuições afeitas à área civil, retornando ao tradicional formato da Casa Militar; 4 – em relação às graves violações dos direitos humanos ocorridos na ditadura civil-militar, exigir das Forças Armadas submissão às decisões do Executivo, do Legislativo e do Judiciário referentes ao direito à memória e à verdade; 5 – reformular a doutrina castrense de forma a eliminar a figura do “inimigo interno”.”
Lucas Figueiredo

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Woman with Homunculus, Egon Schiele

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