Arnaldo Jabor

“Que comemos até agora, no banquete do primeiro mundo? … Só nos põem no primeiro mundo como consumidores, de comida estragada. Grana, nunca.” 

Arnaldo Jabor. “A Antropofagia não é uma lanchonete pós-tudo.” Folha de S. Paulo, 16/2/1992, pg. 5-10.

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URSS

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Bolívar Lamounier

“Mas, pasmem, há quem afirme que a miscigenação é um mal. São os chamados “identitários”. Segundo essa escola de pensamento, ou, para sermos exatos, segundo essa seita, boas são as sociedades nas quais cada grupo confere à sua identidade uma aura de quase santidade, tratando de se diferenciar e se distanciar de outros grupos. Cada um no seu quadrado. Claro, a ideia de identidade não deve ser banalizada. No limite, cada indivíduo tem a sua. Mas os “identitários” entendem que divisões étnicas não se devem mesclar. Abominam toda miscigenação entre elas. “Cada um no seu quadrado” significa conferir maior valor ao que nos separa do que ao que nos une. Por quê? Qual é o fundamento dessa tontice? Por que rejeitar a identidade nacional, vale dizer, a identidade de todo o País, que a duras penas conseguimos construir, não obstante a pobreza e as desigualdades que afligem mais da metade da população, a escassez de oportunidades e a ruindade de nosso sistema de ensino? Bem ou mal, com todas essas mazelas, constituímos uma identidade abrangente, como povo e como nação.”
Bolívar Lamounier

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Jacqueline Beaujeu-Garnier

“… a uma recomendação do Padre Bartolomé de Las Casas, os ibéricos, assustados com a extinção dos índios e já acostumados a servir-se da mão-de-obra negra, começaram a importar escravos africanos, desde 1510, para a Hispaniola (Cuba) e, a partir de 1538, para o Brasil.”

Jacqueline Beaujeu-Garnier. “Geografia de População”. São Paulo: CEN, 1974, pg. 38-39.

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5 de Janeiro

  • 5/1/1869: Guerra do Paraguai. Caxias ocupa Assunção, após sucessivas vitorias sobre o inimigo em 1868 (as dezembradas);
  • 5/01/1953: “Esperando Godot” de Samuel Beckett estreava em Paris. A peça apresentada no Théâtre de Babylone, trouxe fama para seu autor. O irlandês, mais tarde Nobel de Literatura, é considerado um dos fundadores do “teatro do absurdo”.
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Diego Rivera, 1935

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Tom Zé

LÍNGUA BRASILEIRA

Tom Zé

Quando me sorris,

Visigoda e celta,

Dama culta e bela,

Língua de Aviz…

Fado de punhais,

Inês e desventuras,

Lá onde costuras,

Multidão de ais.

Mel e amargura,

Fatias de medo,

Vinho muito azedo,

Tudo com fartura.

Cravos da paixão,

Com dores me serves,

Com riso me pedes

Vida e coração,

Vida e coração.

Babel das línguas em pleno cio,

Seduz a África, cede ao gentio,

Substantivos, verbos, alfaias de ouro,

Os seus olhares conquistam do mouro.

Mares-algarismos,

Onde um seu piloto

Rouba do ignoto

Almas e abismos.

Verbo das correntes

Com seu candeeiro

Todo marinheiro

Caça continentes.

E o gajeiro real,

Ao cantar matinas,

Acha três meninas

Sob um laranjal.

Última das filhas,

Ventre onde os mapas

Bordam suas cartas

Linhas Tordesilhas,

Linhas Tordesilhas.

Em nossas terras continentais

A cartomante abre o baralho,

Abismada vê, entre o sim e o não,

Nosso destino ou um samba-canção.

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2 de Janeiro

  • 2/01/1904:  estourou uma revolta do povo banto dos hereros contra os colonizadores alemães no então Sudoeste Africano Alemão, a atual Namíbia. A resposta de Berlim foi o genocídio.
  • 02/01/1492: Boabdil (corruptela castelhana de Abu Abdilá), último rei de Granada entregou as chaves de Alhambra – um fabuloso complexo palaciano e fortaleza no coração de Granada – para os reis Fernando de Aragão e Isabel de Castela. O gesto significou a capitulação oficial de Granada, o último reino muçulmano da Espanha.
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1 de Janeiro

  • 1/1/1995: Criação do MERCOSUL
  • 1/01/1994: Teve início em Chiapas, no México, uma rebelião liderada pela Frente Zapatista de Libertação Nacional. A Frente Zapatista exigia mudanças na distribuição da terra e dos benefícios sociais para a população campesina e indígena da região. Os rebeldes se autodenominavam “zapatistas”, fazendo clara referência a Emiliano Zapata, um líder da Revolução Mexicana  no início do século XX.
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